Foi um jogo de grande intensidade e de total entrega por parte de ambas as equipas, ambas com naturais aspirações ao primeiro lugar. A nossa equipa entrou em grande estilo e aos 11 minutos já vencia por 2-0. Aos 2 minutos, após excelente desmarcação pela esquerda, o Cláudio foi ostensivamente empurrado dentro da área. O Tiago marcou a grande penalidade de forma exemplar. Aos 11 minutos, grande jogada do Gonçalo Costa e o Cláudio concluiu oportunamente quase em cima da linha de golo.
A partir do 2-0, o Cacém começou a conseguir algum equilíbrio, mas a nossa equipa ia tendo o jogo bem controlado. Até que, a uns 40 metros, o árbitro mais distante conseguiu "ver" o que nem o árbitro que estava junto da nossa área nem, creio, mais ninguém no campo, viu: uma suposta mão na bola. Com esta grande penalidade surreal, o Cacém reduziu, aos 23 minutos.
Na segunda parte, o Cacém empatou, aos 5 minutos, num livre directo colocado e cheio de força. O João fez uma excelente estirada e ainda tocou na bola, mas era quase impossível defender o remate.
Até ao fim, ambas as equipas poderiam ter marcado. Se é certo que o Cacém teve ocasiões de muito perigo, em que podia ter marcado (o João fez uma magnífica defesa, quase em cima do apito final), também o Lourel esteve a ponto de marcar. Mais uma vez, um erro egrégio da arbitragem: o Gonçalo Gomes, já isolado, adiantou a bola, antecipando-se ao guarda-redes, e foi completamente abalroado por este. Uma grande penalidade evidente, que o árbitro transformou em livre contra a nossa equipa.
Perante o valor do adversário e uma arbitragem lamentável, a nossa equipa deu mais uma demonstração do seu valor futebolístico e do seu carácter. Fica a mágoa de não nos terem deixado ganhar, mas também o orgulho nestes magníficos atletas.
Jogaram: João Miguel; João Guerra, Ivan, Tiago, Bruno; Gonçalo Rodrigues, Gonçalo Costa, Fábio; João Rasga, Gonçalo Gomes, Cláudio (equipa inicial); Ruben, André, Diogo.
Suplentes não utilizados: Filipe, Alexandre, Sérgio, Miguel Sequeira.